Viajar de avião nem sempre é confortável, especialmente em companhias de baixo custo. Para passageiros plus size, a situação pode ser ainda mais delicada.
Recentemente, a Southwest Airlines, nos Estados Unidos, atualizou sua política sobre assentos extras, o que levanta debates sobre comodidade, segurança e acessibilidade no transporte aéreo.
A política da Southwest Airlines para passageiros plus size
A companhia aérea norte-americana sempre incentivou passageiros plus size a reservarem dois assentos quando não fosse possível acomodá-los de forma adequada em apenas um. A justificativa está ligada à segurança de bordo e também ao bem-estar dos demais viajantes.
Até então, havia uma vantagem: o cliente podia solicitar o reembolso do assento adicional após a viagem. No entanto, a Southwest anunciou mudanças que tornam o processo mais restritivo.
O que muda na política de reembolso
A partir de 27 de janeiro, os passageiros que necessitarem de assentos extras continuarão podendo solicitar reembolso, mas dentro de condições específicas. Segundo a companhia, três pontos principais passam a valer:
- O voo deve decolar com pelo menos um assento livre.
- Ambos os assentos precisam estar na mesma classe tarifária.
- O pedido de reembolso deve ser feito em até 90 dias após a viagem.
Caso esses requisitos não sejam atendidos, o valor do segundo bilhete não será devolvido. Essa mudança busca equilibrar custos da empresa e conforto dos passageiros.
Impacto para passageiros plus size
Na prática, a medida pode gerar custos extras para passageiros plus size, especialmente em voos lotados, onde a chance de haver assentos livres é menor.
Por outro lado, a política garante mais espaço e segurança para quem viaja, reduzindo desconfortos e possíveis constrangimentos durante o voo. Ainda assim, críticos afirmam que o modelo transfere para o passageiro uma responsabilidade que deveria ser compartilhada pela companhia aérea.
Essa política pode chegar ao Brasil?
No Brasil, companhias como Gol, Latam e Azul ainda não adotam regra semelhante. Todas oferecem assentos diferenciados, como econômica premium ou opções com mais espaço para as pernas, mas isso é opcional e não obrigatório.
Se a medida da Southwest Airlines fosse replicada aqui, certamente geraria grande debate. A legislação brasileira prevê regras de acessibilidade e direitos do consumidor que podem dificultar a implementação de uma política semelhante sem ajustes.
Alternativas para passageiros plus size no Brasil
Mesmo sem a obrigatoriedade de dois assentos, passageiros plus size podem buscar soluções para mais conforto em viagens aéreas:
- Optar por voos em horários menos cheios.
- Escolher assentos com mais espaço, como fileiras de saída de emergência.
- Investir em categorias superiores, como a econômica premium.
- Consultar a companhia aérea antes da compra para verificar políticas de acomodação.
Essas medidas não eliminam os custos extras, mas ajudam a planejar melhor a experiência de viagem.
Conclusão: o que esperar do futuro
A nova regra da Southwest Airlines reacende a discussão sobre acessibilidade e inclusão no transporte aéreo. Enquanto passageiros plus size ganham a garantia de mais espaço, perdem flexibilidade no reembolso, o que pode representar gasto adicional significativo.
Por enquanto, no Brasil, não há sinal de que Gol, Latam ou Azul seguirão esse caminho. Ainda assim, o tema deve continuar em pauta à medida que cresce a demanda por viagens acessíveis e confortáveis para todos os perfis de passageiros.
E você, o que acha dessa política? Acredita que as companhias brasileiras deveriam adotar uma regra semelhante ou buscar alternativas mais inclusivas?
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