Todo viajante brasileiro já se perguntou, ao planejar a próxima viagem: qual a melhor moeda para levar para a Argentina em 2025? Com as mudanças recentes no câmbio, é fundamental entender quais opções realmente valem a pena.
A resposta mudou bastante em relação aos anos anteriores. Durante muito tempo, a solução mais vantajosa era recorrer ao chamado dólar blue (câmbio paralelo). Hoje, a situação é diferente: o câmbio oficial passou a ser mais interessante e, com isso, as estratégias para levar dinheiro para a Argentina se transformaram.
Neste guia completo, você vai aprender todas as formas de levar dinheiro para a Argentina, os erros que deve evitar e quais soluções oferecem as melhores taxas atualmente.
Por que a escolha da moeda faz tanta diferença?
A economia argentina passa por mudanças constantes, e a política cambial é uma das áreas mais sensíveis. Taxas de conversão, inflação e diferentes tipos de câmbio podem fazer você perder até 15% do valor da sua viagem.
Saber qual moeda levar para a Argentina é essencial para economizar. Pequenas diferenças de taxa, que parecem insignificantes, podem significar centenas de reais ao final de uma viagem de 10 ou 15 dias.
Ainda vale a pena trocar reais por pesos no Brasil?
A resposta curta é: não vale a pena trocar reais por pesos argentinos no Brasil. As casas de câmbio brasileiras oferecem taxas muito desvantajosas e, na prática, você sai no prejuízo antes mesmo de embarcar.
O ideal é levar reais em espécie ou utilizar alternativas mais vantajosas já dentro da Argentina.
1. Trocar reais no aeroporto de Buenos Aires
Pode soar estranho, mas em 2025 o melhor câmbio da Argentina está dentro dos aeroportos de Buenos Aires — tanto no Ezeiza quanto no Aeroparque.
As casas de câmbio oficiais dentro desses aeroportos oferecem a cotação 100% oficial, sem taxas ocultas.
Como funciona a troca:
- Leve reais em espécie, em notas novas e em bom estado.
- Apresente documento de identidade (RG ou passaporte).
- Mostre sua passagem internacional (ida e volta).
Essa troca não tem cobrança de IOF, o que representa mais economia para o viajante brasileiro.
Pontos positivos:
- Melhor câmbio disponível atualmente.
- Sem taxas extras ou surpresas.
- Processo simples e rápido.
Pontos negativos:
- Pode haver filas em horários de pico.
- Limitação da troca a aeroportos de Buenos Aires.
- Em outras cidades argentinas, o câmbio não é tão vantajoso.
2. Western Union: remessas de dinheiro
A Western Union continua sendo uma das opções favoritas dos viajantes. O serviço de remessas é seguro e prático: você envia o dinheiro no Brasil e retira em agências espalhadas pela Argentina.
Custos médios:
- Remessas acima de R$ 5.000: perda de cerca de 4,53%.
- Remessas de até R$ 1.000: perda em torno de 5,45%.
Apesar da diferença, ambas as situações ainda são consideradas vantajosas.
Vantagens:
- Segurança: não precisa carregar grandes quantias em espécie.
- Disponibilidade em várias cidades argentinas.
- Possibilidade de enviar mais de uma remessa ao longo da viagem.
Desvantagens:
- Agências fora de Buenos Aires não funcionam aos domingos.
- É necessário apresentar documento para retirada.
3. Cartão Revolut: a novidade para 2025
O Revolut chegou para competir com Wise e Nomad, mas com um diferencial decisivo: ele usa a cotação do dólar oficial para converter ao peso argentino.
Comparativo de perdas no câmbio:
- Revolut: cerca de 4,9% de perda.
- Wise/Nomad: até 9,9% de perda.
Ou seja, o Revolut praticamente corta pela metade a desvantagem de usar cartão em viagens à Argentina.
Pontos fortes:
- Melhor custo-benefício entre cartões internacionais.
- Conveniência: basta usar como cartão de débito.
- Funciona bem em compras fora de Buenos Aires.
Pontos fracos:
- Ainda não é amplamente conhecido no Brasil.
- Pode haver limite de uso diário, dependendo do plano.
4. Wise e Nomad: perderam competitividade
Durante muito tempo, Wise e Nomad foram os queridinhos dos viajantes. Mas, em 2025, eles se tornaram opções menos atrativas.
Como trabalham com a conversão pelo dólar oficial, mas aplicam taxas mais altas, a perda pode chegar a quase 10%. Isso significa pagar praticamente o dobro do custo em relação ao Revolut.
O fim do dólar blue: o que mudou?
Até 2024, o dólar blue (câmbio paralelo) era a grande saída para turistas, já que oferecia taxas melhores do que o câmbio oficial.
Mas em 2025 tudo mudou. A unificação cambial e a valorização do câmbio oficial tornaram o mercado paralelo menos atrativo. Hoje, a recomendação é clara: não vale mais a pena buscar o dólar blue.
Isso trouxe mais segurança e transparência para quem viaja, mas exige atualização constante, já que a situação pode mudar de novo no futuro.
Simulação de câmbio: quanto você perde em cada opção?
Vamos imaginar que você vai viajar e levar o equivalente a R$ 5.000 para a Argentina em 2025.
- Aeroporto de Buenos Aires (oficial) → Perda: 0% (melhor cenário).
- Western Union (acima de R$ 5.000) → Perda: 4,53% = R$ 226,50.
- Cartão Revolut → Perda: 4,9% = R$ 245,00.
- Western Union (até R$ 1.000) → Perda: 5,45% = R$ 272,50.
- Wise/Nomad → Perda: 9,9% = R$ 495,00.
Diferença entre o melhor e o pior cenário: R$ 495 em apenas uma viagem.
Qual a estratégia ideal para levar dinheiro em 2025?
A melhor estratégia é combinar métodos para ter flexibilidade e segurança:
- Leve reais em espécie e troque parte no aeroporto de Buenos Aires.
- Tenha uma conta no Revolut para usar em compras fora da capital.
- Utilize Western Union como alternativa para emergências ou remessas adicionais.
- Evite Wise e Nomad, que hoje têm taxas menos vantajosas.
Perguntas frequentes sobre dinheiro na Argentina
Posso usar cartão de crédito brasileiro na Argentina?
Sim, mas você pagará IOF de 5,38% e, geralmente, um câmbio menos vantajoso.
Levar dólares ainda é uma boa ideia?
Atualmente, não compensa. O real é aceito para troca no aeroporto com boas taxas, o que simplifica bastante.
Casas de câmbio no centro de Buenos Aires são confiáveis?
São confiáveis, mas as taxas são muito piores do que no aeroporto. Não valem a pena.
Dica extra: não esqueça do seguro viagem
Além de definir qual a melhor moeda para levar para a Argentina, não viaje sem contratar um seguro viagem. Ele garante atendimento médico em emergências, extravio de bagagem e até cancelamentos inesperados.
É um custo pequeno diante da tranquilidade que oferece.